CURTO É O PRAZO DA VIDA



“Curto é o prazo da vida...
...A vida é indivisível, 
Mesmo a que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo...
A mais inconsequente conversa.”
“Tudo é tão atmosfera,
O gesto, o ar, o movimento
Que se supõe seja ela
Uma inventiva do vento.”
“Tudo o que está neste movimento,
Tudo o que está absorto...
Aparente é esse alento
De vela rumando um porto...”
“Pois tudo o que está imerso
Neste respirar do universo”!
- Ora parecendo reto... ora torto...
“Porém sem pausa definida,
Curto é o prazo da vida...”
Que seja, então, em si e em torno,
Por um tempo, a esmo...
Por ser lapso, atento...
E... em sendo elíptico retorno...
Retorna-se para não ser o mesmo!
Reinventa-se... mero intento...
Se a vida é curta mesmo...
Carpe diem! Todo dia... toda vida...
Faça valer a pena! Curta a vida!



(Alinhando excertos de Mário Quintana:
“Ser e estar”, “Pequeno poema didático”,
“Retrato no parque”, “Bar”).

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