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Mostrando postagens de maio, 2012

POEMA AOS AMIGOS

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  Não posso dar-te soluções Para todos os problemas da vida, Nem tenho resposta Para as tuas dúvidas ou temores, Mas posso ouvir-te E compartilhar contigo.   Não posso mudar O teu passado nem o teu futuro. Mas quando necessitares de mim Estarei junto a ti. As tuas alegrias Os teus triunfos e os teus êxitos Não são os meus, Mas desfruto sinceramente Quando te vejo feliz. Não julgo as decisões Que tomas na vida, Limito-me a apoiar-te, A estimular-te E a ajudar-te sem que me peças. Não posso traçar-te limites Dentro dos quais deves atuar, Mas sim, oferecer-te o espaço Necessário para cresceres. Não posso evitar o teu sofrimento Quando alguma mágoa Te parte o coração, Mas posso chorar contigo E recolher os pedaços Para armá-los novamente. Não posso decidir quem foste Nem quem deverás ser, Somente posso Amar-te como és E ser teu amigo. Todos os dias, penso Nos meus amigos e amigas, Não estás acima, Nem abai

MÃE DESNECESSÁRIA

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 A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha. Até agora. Agora que minha filha adolescente, aos quase 18 anos, começa a dar vôos-solo. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo dafrase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.        Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso. Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos

OS EFEITOS INCRÍVEIS DA GRATIDÃO

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O ato de cultivar uma “atitude de gratidão” tem sido relacionado por psicólogos a uma saúde me­­lhor, a um sono mais profundo, a menor ansiedade e depressão, a maior satisfação com a vida a longo prazo e a um comportamento mais gentil para com os outros, inclusive parceiros românticos. Um novo estudo demonstra que sentir-se grato faz com que as pessoas se tornem menos passíveis de ficarem agressivas quando provocadas. Mas, e se você não for do tipo grato? De acordo com os pesquisadores, comece com uma gratidão “light”. Esse é o termo usado por Robert A. Emmons, da Uni­­versi­­dade da Califórnia, em Da­­vis, para a técnica que ele utilizou em seus experimentos pioneiros conduzidos juntamente com Michael E. McCullough, da Uni­­versidade de Miami. Eles instruíram as pessoas a manter um diário listando cinco coisas pelas quais elas se sentiam gratas, como a generosidade de um amigo, algo que aprenderam ou um pôr do sol que lhes tenha agradado. O diário de gratidão era breve – só

A LISTA

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Faça uma lista de grandes amigos Quem você mais via há dez anos atrás Quantos você ainda vê todo dia Quantos você já não encontra mais... Faça uma lista dos sonhos que tinha Quantos você desistiu de sonhar! Quantos amores jurados pra sempre Quantos você conseguiu preservar... Onde você ainda se reconhece Na foto passada ou no espelho de agora? Hoje é do jeito que achou que seria Quantos amigos você jogou fora? Quantos mistérios que você sondava Quantos você conseguiu entender? Quantos segredos que você guardava Hoje são bobos ninguém quer saber? Quantas mentiras você condenava? Quantas você teve que cometer? Quantos defeitos sanados com o tempo Eram o melhor que havia em você? Quantas canções que você não cantava Hoje assobia pra sobreviver? Quantas pessoas que você amava Hoje acredita que amam você? Oswaldo Montenegro

FELICIDADE COM POUCOS BENS

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Embora a experiência me tenha ensinado que se descobrem homens felizes em maior proporção nos desertos, nos mosteiros e no sacrifício do que entre os sedentários dos oásis férteis ou das ilhas ditas afortunadas, nem por isso cometi a asneira de concluir que a qualidade do alimento se opusesse à natureza da felicidade. Acontece simplesmente que, onde os bens são em maior número, oferecem-se aos homens mais possibilidades de se enganarem quanto à natureza das suas alegrias: elas, efetivamente, parecem provir das coisas, quando eles as recebem do sentido que essas coisas assumem em tal império ou em tal morada ou em tal propriedade. Para já, pode acontecer que eles, na abastança, se enganem com maior facilidade e façam circular mais vezes riquezas vãs. Como os homens do deserto ou do mosteiro não possuem nada, sabem muito bem donde lhes vêm as alegrias, e é-lhes assim mais fácil salvarem a própria fonte do seu fervor. Antoine de Saint-Exupéry - "Cidadela"