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Mostrando postagens de setembro, 2017

NÃO SEI QUANTAS ALMAS TENHO

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Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti. Releio e digo: “Fui eu ?” Deus sabe, porque o escreveu. Poema de  Fernando Pessoa   

ORAÇÃO DO AMOR PRÓPRIO

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"Com carinho eu me curo e me amparo a cada passo, a cada queda, a cada subida. Sei que a minha força se refaz no tempo e n’Ele meu coração celebra. Que eu evite me criticar ou me culpar, para que a energia de meu corpo seja mantida saudável. Que eu saiba respeitar o meu tempo de florescer a cada dor, que eu também me permita a alegria. Que ao cuidar do outro, eu olhe para a minha vida, regue o meu jardim. Assim, na doação eu me perceba em quanto tenho pra dar, me sentindo cada vez mais preenchida e repleta, de amor e compaixão. Que a sensação de abandono a mim mesma, esperando que alguém venha me salvar, seja substituída pela certeza de me olhar e me cuidar, com amor e ternura.  Que eu saiba primeiro me encontrar antes de me perder, porque assim saberei de fato, como confiar em ser livre. Que eu possa respeitar os meus próprios limites e aprender a dizer não com amorosidade, expressando a minha verdade, vontade e direção. Nos erros que cometo, que eu poss

OS AVÓS NUNCA MORREM, APENAS FICAM INVISÍVEIS!

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Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração. Ainda hoje sentimos a falta deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias, sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita. Sabemos que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao mundo.  A perda deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa infância.  Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a vida como sementes de amor eterno para esses dias em que eles se tornam invisíveis. Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos. Eles são uma rede de apoio inestimável nas famílias atuais. Não obstante, o seu papel não é o mesmo que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo