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Mostrando postagens de janeiro, 2012

A ÁRVORE DOS MEUS AMIGOS

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Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem. Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz... Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, p

NÃO CANSE QUEM TE QUER BEM

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Uns mais, outros menos, todos passam dos limites na arte de encher os tubos Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: Não canse quem te quer bem. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado. Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos causos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica. Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma

O FAROL

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Em meio ao mar, surge a construção de pedras, solene. É um farol, destinado a orientar o rumo dos viajores, nas noites escuras. Quem quer que viaje em alto mar se sente seguro quando, em meio à escuridão, vê surgir o farol. Ele está lá para servir, para advertir, para salvar. A sua luz se projeta a distâncias enormes e, espancando a escuridão,  permite que os que navegam possam perceber a proximidade dos recifes, os perigos imersos na noite. O mar investe contra ele, noite e dia. Lança sobre ele as suas ondas, com furor. Vagas enormes lambem as pedras que se erguem, majestosas. No fluxo e refluxo das ondas, o farol continua a iluminar, imperturbável. Seu objetivo é servir. Noite após noite, ele estende a sua luz. Não se incomoda com os continuados e perigosos golpes que o mar lhe desfere. Se, em algumas noites, ninguém se aproxima, desejando a sua orientação, também não se perturba. Solitário, ele lança sua luminosidade, sem se preocupar com o isolamento. Ele continua a postos para qua

AMORES IMPERFEITOS

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Quantos dos seus amigos descrevem o parceiro (ou parceira) de uma forma estranhamente dúbia? A pessoa é o amor da vida dele e, ao mesmo, o ser que mais o incomoda. É uma reclamação tão corriqueira que começo a achar que estranha é a minoria que parece satisfeita com o que tem em casa. Tolerar os defeitos do companheiro e entender que, ao firmar uma parceria, compramos um pacote completo (com tudo o que há de agradável e desagradável) parece, cada vez mais, uma esquisita característica de uma subespécie em extinção. O grupo majoritário parece ser o dos apaixonados intolerantes. Há quem se dedique a tentar entendê-los. Li nesta semana uma reportagem interessante sobre isso. Foi publicada na revista Scientific American Mind . É baseada no livro Annoying: The Science of What Bugs Us (algo como Irritante: a ciência do que nos incomoda ), dos jornalistas Joe Palca e Flora Lichtman. Uma das pesquisadoras citadas é a socióloga Diane Felmlee, da Universidade da Califórnia. Ela conta a h

FAÇA NOVO O TEU ANO

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Neste ano-novo, se faça novo, reduza a sua ansiedade, regue de ternura seus sentimentos mais profundos, imprima a seus passos o ritmo das tartarugas e a leveza das garças. Não se mire nos outros; a inveja é um cancro que mina a auto-estima, fomenta a revolta e abre, no centro do coração, o buraco no qual se precipita o próprio invejoso. Espelhe-se em si mesmo, assuma seus talentos, acredite em sua criatividade, abrace com amor sua singularidade. Evite, porém, o olhar narciso. Seja solidário: ao estender aos outros as suas mãos, estará oxigenando a própria vida. Não seja refém de seu egoísmo. Cuide do que fala. Não professe difamações e injúrias. O ódio destrói a quem odeia, não o odiado. Troque a maledicência pela benevolência. Comprometa-se a expressar alguns elogios por dia. Sua saúde espiritual agradecerá. Não desperdice sua existência hipnotizado pela TV ou navegando aleatoriamente pela internet, naufragado no turbilhão de imagens, e informações que não consegue sintetizar.