APEGO



O apego é como pedir um sorvete e não tomar. Queremos ter a posse de algo que não pode ser facilmente guardado, logo se tornará inútil e perderá sua função.
O que é e como ele nasce? Podemos dizer que é uma relação afetiva duradoura que se estabelece entre o bebê e sua mãe, ou quem quer que cuide dele. Apego não é imutável é um vínculo.

 Os vínculos que criamos com as pessoas e coisas são importantes para a vida, mas precisamos perceber quando eles não são mais necessários. O desapego de certa forma causa medo e insegurança, principalmente quando nos vemos sozinhos com as decisões que nossos pais costumavam tomar por nós. Uma vez adultos, a vida impõe exigências que interrompem nosso sonho de sermos eternas crianças. O processo de transição deixar de ficar em casa com os pais para ir à escola, e nela passar pelas etapas do ensino médio, universidade, depois trabalho são momentos de confronto, e o tempo todo nos deparamos com decisões que podem abalar o mundo como nós conhecemos e mudar nossa rotina e o que pensarmos ser o futuro.

Quando estamos focados apenas em nós mesmos, só conseguimos ver e sentir nossos problemas e achamos que eles são os maiores de todo o mundo. Felizmente o cérebro humano é capaz de criar novos caminhos neurais, ou seja, somos capazes não só de aprender fatos e habilidades novas, mas também conseguimos nos reprogramar emocionalmente.

A cada fim de ciclo você tem que se transformar: uma morte e um renascimento, isso significa às vezes, é preciso deixar o velho para que o novo entre. Claro que os vínculos que criamos com as pessoas são importantes para a vida, mas precisamos perceber quando eles não são mais necessários. A realidade é um fluxo ao qual é impossível se apegar.

Não há nada seguro nesse mundo. Exercitar o desapego é saber mudar sem deixar de lado nossa essência.

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