COMPAIXÃO = COMPASSIONE



Compaixão (do latim compassione) pode ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outrem; não deve ser confundida com empatia.
A compaixão frequentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem. 

A compaixão pode levar alguém a sentir empatia pelo outro. 
A compaixão é frequentemente caracterizada através de ações, na qual uma pessoa agindo com espírito de compaixão busca ajudar aqueles pelos quais se compadece. 
A compaixão diferencia-se de outras forma de comportamento prestativo humano no sentido de que seu foco primário é o alívio da dor e sofrimento alheios. Atos de caridade que busquem principalmente conceder benefícios em vez de aliviar a dor e o sofrimento existentes, são mais corretamente classificados como atos de altruísmo, embora, neste sentido, a compaixão possa ser vista como um subconjunto do altruísmo, sendo definida como o tipo de comportamento que busca beneficiar os outros minorando o sofrimento deles. 

A compaixão tem algo de singular: ela não exige nenhuma reflexão prévia, nem argumento que a fundamente. Ela simplesmente se nos impõe porque somos essencialmente seres com-passivos. 
A compaixão refuta por si mesma a noção do biólogo Richard Dawkins do "gene egoísta". Ou o pressuposto de Charles Darwin de que a competição e o triunfo do mais forte regeriam a dinâmica da evolução. Ao contrário, não existem genes solitários, mas todos são inter-retro-conectados, e nós humanos somos enredados em teias incontáveis de relações que nos fazem seres de cooperação e de solidariedade. 

Na compaixão se dá o encontro de todas as religiões, do Oriente e do Ocidente, de todas éticas, de todas as filosofias e de todas as culturas.

No centro está à dignidade e a autoridade dos que sofrem, provocando em nós a compaixão ativa. A segunda atitude, afim à compaixão, é a solidariedade. Ela obedece à mesma lógica da compaixão. Vamos ao encontro do outros para salvar-lhe a vida, trazer-lhe água, alimentos, agasalho e especialmente calor humano. 

Sabemos pela antropogênese que nos fizemos humanos quando superamos a fase da busca individual dos meios de subsistência, e começamos a buscá-los coletivamente e a distribuí-los cooperativamente entre todos.

A pergunta que se deve fazer ao sentir a compaixão nascendo dentro do peito é: “De que forma posso ajudar agora?” E a resposta depende tanto de sentimento quanto de raciocínio. “Ter compaixão significa aliar amor e sabedoria”, disse o mestre Geshe Lhakdor, um especialista em filosofia budista que esteve no Brasil.

O que nos humanizou ontem, nos humanizará ainda hoje. Por isso é tão comovedor assistir como tantos e tantas se mobilizam, de todas as partes, para ajudar as vítimas e pela solidariedade dar-lhes o que precisam e, sobretudo a esperança de que, apesar da desgraça, ainda vale a pena viver.

Comentários

  1. A compaixão é ter coração aberto para entender as fragilidades alheias, nos tornarmos mais realistas às nossas imperfeições e saber que somos seres ainda em evolução. Ser compassivo é não dominar a vida alheia, é doar sem exigir, permitir o acerto sem impor preços futuros. É ter olhar íntimo, olhar de Deus,desenvolvermos a fraternidade com ética com vistas à integração e à solidariedade entre as pessoas.

    Sejamos compassivos!
    Parabéns pelo alerta!

    Alcionéia

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

OS FILHOS SÃO COMO AS PIPAS

CAMINHA TRÊS LUAS COM MEUS SAPATOS

O QUE É SER PRAGMÁTICO?