A VIAGEM INESQUECÍVEL
Era tarde da noite, quando o taxista recebeu o chamado. Dirigiu-se para a rua e número indicados. Tratava-se de um prédio simples, com uma única luz acesa no andar térreo. Ele pensou, logo, em buzinar e aguardar. Mas também pensou que alguém que chamasse o táxi, tão tarde, poderia estar com alguma dificuldade. Por isso, saiu do carro, foi até a porta e tocou a campainha. Ele ouviu som como de algo se arrastando, uma voz débil dizer: "Estou indo. Um momento, por favor." Uma senhora idosa, pequena, franzina, com um vestido estampado, abriu a porta. Equilibrava-se em uma bengala, e, na outra mão, trazia uma pequena valise. Ele olhou para dentro e percebeu que todos os móveis estavam cobertos com lençóis. "Pode me ajudar com a mala?" Disse a senhora. Ele apanhou a mala e ajudou a passageira a entrar no táxi. Ela forneceu o endereço e pediu: "Podemos ir pelo centro da cidade?" "Mas o caminho que a senhora suger