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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

SILÊNCIO DOS LOBOS

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Pense em alguém que seja poderoso. Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?  Lobos não gritam. Eles têm a aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio. Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas. Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis. Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente. Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para

CAPACIDADE DE AMAR

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Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se.   Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança.   O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.   Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.   Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o

RECLAME menos

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Nunca vi tanta gente se queixando do mundo. Tenho certeza de que quando me descuido, comigo não é diferente. Mas me deem o crédito de ser aquele que pelo menos se analisa e procura melhorar. Quais são as minhas tentativas para mudar esse estado de chatice crônica (ou de reclamador profissional), que inúmeras vezes nos assola? Em primeiro lugar, busco ficar longe do que já sei de antemão que irá me incomodar. Exemplos. Cinema eu frequento nos dias e horários menos nobres, de preferência à tarde. E sempre que posso fico em casa, curtindo meu ótimo sistema de home theater. Foi um investimento muito melhor do que trocar de carro ou fritar um mês numa praia lotada (desculpem, já estou sendo chato de novo). Com isso, dei adeus às pessoas que adoram falar no celular durante a exibição, conversar ininterruptamente sobre o filme ou transformar aquelas duas agradáveis horas num verdadeiro piquenique. Não me surpreenderei se logo o antigo lanterninha for substituído por um vendedor de p

PARAR, VER E SENTIR

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Calculamos mal a distância que nos separa dos demais. Estar em meio às criaturas não significa que saibamos vê-las. Quanto maior é a suposta intimidade que temos com uma pessoa, menor é a nossa predisposição para olhar atentamente e, de fato, vê-la. O tempo adormece os interesses e os substitui pela acomodação. O exercício da vigilância requer disciplina. Para que possamos continuar enxergando o que se passa ao nosso redor, é importante saber agir como se cada encontro anunciasse uma despedida. Quando cumprimentamos amigos e conhecidos, o fazemos quase sempre de maneira automática. Cada um é simples passante ou alguém que está obstruindo nosso caminho. Temos pressa. Repetimos duas ou três frases banais, com o pensamento já bem longe, e seguimos nossa rotina de trabalho, de cumprimento de tarefas. Mas parar, parar mesmo, para ver e sentir o outro, quando foi a última vez que o fizemos? São pequenos descuidos, dos quais nem nos damos conta. Normalmente não geram nenhum t